quinta-feira, 25 de julho de 2024

As quatro estações

O amor floresce em todas as primaveras,
No suave toque da brisa, no aroma das flores,
Cresce nas manhãs serenas, entre folhas sinceras,
Eterno em seus gestos, em seus infinitos sabores.

No verão, aquece, intenso e radiante,
Reflete no brilho do sol, nas ondas do mar,
Nos abraços calorosos, nos sorrisos constantes,
Em cada pôr do sol, no olhar a cintilar.

No outono, se reveste de tons dourados,
Cai suavemente junto as folhas, dançando ao vento,
Em cada crepúsculo, nos céus alaranjados,
Guarda nos suspiros um doce momento.

No inverno, afaga mesmo no frio,
Em fogueiras acesas, em abraços apertados,
No silêncio das brisas, em cada olhar gentil,
Mantém-se firme, forte, em corações entrelaçados.

Que meu amor permaneça, nas estações,
Nos ciclos da vida, nos corações a pulsar,
Na eterna sinfonia de emoções,
Que o amor sempre viva, e eu nunca deixe de amar.

J.G.Manzi

quarta-feira, 29 de maio de 2024

Esplendores da Alma Humana

Há na natureza humana, uma contradição que reside, 
Uma jornada que a insensatez insiste 
No entanto há sentimentos, pujantes, que ardem,
O sol e a lua, que no céu se dividem. 

Logo nós, do pensar de querer à luz,
A sagacidade, como guia que nos conduz. 
Com a serenidade, clareando a escuridão, 
Porém o amor carrega-nos às profundezas do coração.

Da frieza do fundamento, encontramo-nos na firmeza latente,
Na iminência de resistirmos ao afã existente.
À vista é no concerto entre a sagacidade e a compaixão, 
Encontramo-nos a essencial e verdadeira erudição.

À medida que marchamos por trilhas desconhecidas,
Percebemos o encanto nas nuances escondidas.
Da tormenta surge a calmaria, e de titubear, a clareza,
Pois é no contraste que alcançamos a grandeza.

Logo, no âmago da nossa peregrinação,
Concebemos que a essência é o alicerce da ascensão.
Nos braços da esperança uma coragem que nos envolve,
Enquanto na sabedoria do tempo, nosso seio se revolve.

Encontramos no equilíbrio a mais pura expressão,
Do pensar profundo à ação com emoção.
E nas profundezas do ser,  uma luz que nunca se esvai,
A verdade eterna, que sempre nos atrai.

João Gabriel Manzi
22/05/2024

domingo, 12 de maio de 2024

O infortúnio de amar

 Amar-te é uma dor que não se esconde,

Incendeia, uma lume que aos poucos se exaure,

Como uma tormenta que irrompe, sem alarde,

Um frenesim de emoções que não se reprime.


Amar-te é vivenciar cada fração do meu ser,

Dilacerado pela saudade que insiste em inflamar,

Vazio que me traga, sem me desprender,

Uma ferida aberta que se recusa a curar.


Não obstante, te amar é a maior das glórias,

A sagração e infortúnio, simultaneamente,

Pois mesmo na aflição, encontro a graça que enfeitiças.


Que esta sina seja afável, essa aflição que me exaure,

Pois na afeição que nos reúne, abrigamos o genuíno sentido,

E no teu olhar, encontro o refúgio para tudo o que doi.


João Gabriel Manzi 

Encontre no Sarau Aberto