De tantos abismos que saltei
Ora por vontade ora arremessado
A cada queda mais forte regressei
Segui escalando rumo ao que foi almejado
Percebo que de todos meus sonhos
Meu maior foi não deixar de sonhar
Calejado, jamais culpei aos outros
A desgraça que fui cortejar
O inferno é meu e eu sou meu diabo
E eu, Deus de mim, libertarei este coitado
Se almejo um dia ser absolvido
Apenas se digerir meu pecado devido
Quem me erguerá do lodo infernal ?
Se só em mim germina a esperança ideal
O sonho nasce da minha força
É dela que o caminho livre se forma
Manzi, J. G.
Ainda
ResponderExcluirOi.
Ainda estou aqui.
Ainda há palavras...Muitas delas repetidas, eu sei.
É tarde, talvez. E, talvez é preciso ir.
Às vezes, dói segurar, falta força, machuca.
Mas não é fácil soltar, não é fácil seguir!
Que medo!
Novos sorrisos exigem a despedida de lágrimas já conhecidas.
Dizer adeus a saudade, essa tal, que estimo e preservo há tempos...
Onde foram parar os nossos sonhos? Esta noite, sabe, um veio rondando meu quarto, era um daqueles, tão bonito quanto simples, um dos nossos preferidos.
Pensamentos, lembranças, vontade: Saudade!
É preciso ir, mas fica aqui, comigo!
Fica aqui dentro, me deixa aí, contigo!
Quando não tiver mais palavras, que meus olhos te digam tudo aquilo que sinto!
Que os sonhos, os nossos, os mais lindos, de vez em quando rondem seu quarto também, lembrando de um amor tão grande, que um dia transbordou em nós.
Ainda estou aqui. E esse ainda, tão esfolado e sofrido, se torna cada vez mais ainda...
Um ainda cada vez mais breve, feito fumaça que se esvai no ar.
É tarde, quero sorrir, preciso ir.
Te levo aqui dentro comigo.
Me leva também contigo!
Ainda...