quinta-feira, 19 de outubro de 2017

Na mata

Lembrança que não se esgota
Do verde abundante e calmo
Do cheiro doce da amora
O canto dos  pássaros como ensalmo

A brisa suave no rosto
Me aconchegando na árvore
Da fruta seu doce gosto
Longe do frio do mármore

Saudade de pelas folhas olhar o sol
Na natureza escutar ao fundo o riacho
Purificando-me como a prata no crisol
O frescor que me quieta o facho

A falta do aroma da madeira
Do cair da noite com seus grilos
Aguardando a chuva criadeira
E a mente assim medita junto aos trilos

E assim me encontro na mata
Ao som suave da viola
Na fogueira que o frio arrebata

E é assim que a saudade da mata assola

Manzi, J.G.

Um comentário:

Encontre no Sarau Aberto