quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

(Re) Encontro-me

Não tenho tido momentos fáceis, preciso de mais tempo comigo mesmo, não tenho a mesma força e sabedoria de antes. O que me falta, sou eu.
 Tenho me perdido aos poucos, e muitas vezes me vejo e não me reconheço.
Conquistas fazem parte, mas não me fazem melhor, apenas provam que a vida não te deu as costas.
Temos a obrigação de absorver isto e jamais perder nossa essência.
Quem já fui, quem jamais voltarei a ser, me lembro com demasiada saudade e tristeza de quem um dia hoje, me faria desistir de todas as vivencias e vitorias para se ter  uma única experiência daquela antiga alma: plena, sabia e solitária.
Dói o saber que quem eu me tornei fere completamente quem um dia fui. 
Atual, frouxo e corriqueiro, sem sair dos piores dos comuns.
Os anos passam e sinto falta da sabedoria anterior, que a cada dia se nubla mais, a ponto de não ser mais percebida por este ser que agora se faz de carne e de tudo o que ela consome.
Rezo para que um dia me reencontre, só então ei de me recuperar e realmente entender o ser que habita em mim.

Ana Motta

quarta-feira, 13 de dezembro de 2017

Amargurada

A amargura que da vida tira sua docilidade
Traz a falta de leveza nas atitudes
Despreza dos outros as ideias e virtudes
Lamentável crença em perder a sensibilidade

Dotada de um olhar pesado
Contamina aos outros com seu azedume
Pois não existe nada além de seus costumes
Toma-te a alma e te deixa represado

Foge de teus demônios e de tuas bestas
Torna teu humor seco
Endurece-te e leva à decepção

Com rigidez e dureza enche tuas cestas
Carrega-as na cabeça e isole no teu beco
Mas se queres te libertar estou aberto com o coração 

Pois amparo é minha chegada
Se quiseres te livro de tuas cadeias
Planta o amor em tuas veias
E tome a felicidade, que só por ti, lhe foi negada


Manzi. J.G. 

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

Coração Vagabundo

Este meu coração vagabundo
 Que teima em te amar,
Apaixonou-se por ti princesa
Sem sequer me avisar.

Não sei mais o que fazer,
Não sei mais o que pensar,
Sofro diante aos teus olhos
Que não aprendeu a me enxergar.

Faço-te sorrir a meu lado,
Escuto o que tens a dizer.
Às vezes te faço carinho
Mas sei que não posso te ter.

Sei que já tens outros braços,
Sei que não gosta de mim.
Mas o que eu posso fazer
Se o meu coração quis assim.

Este meu coração vagabundo
Que teimas em te querer
Ignora esse poeta,

Só quer me fazer sofrer.

Dy´Paula

quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Enfim amar(te)

Não vejo a lua como lhe vejo
Mesmo ela dançando junto as estrelas
Não há estrelas se não há teu sorriso
Nem sol, nem ar e nem mar

Ver-te é contemplar o infinito do tempo
Percebo o quão breve e insignificante sou
Mas teu sorriso me abre um caminho
Recheado dos mais belos perfumes e espinho

Amar-te é ser o náufrago desejando a praia
É sentir falta de pela brisa leve ser engolido pelo mar
Ou no deserto compadecer clamando por água
Teu amor é recuperar o folego após se afogar

E em uma breve vida sentir o paraíso
Recostar na doce melodia de tua voz
E degustar teu beijo até a embriaguez
E assim refletir minha existência na sua

Amar-te é não esperar o futuro
Assim como esquecer as dores do passado
E velejar pelo instante em que te encontro
Amar-te enfim é me encontrar


Manzi. J.G.

Encontre no Sarau Aberto