quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Enfim amar(te)

Não vejo a lua como lhe vejo
Mesmo ela dançando junto as estrelas
Não há estrelas se não há teu sorriso
Nem sol, nem ar e nem mar

Ver-te é contemplar o infinito do tempo
Percebo o quão breve e insignificante sou
Mas teu sorriso me abre um caminho
Recheado dos mais belos perfumes e espinho

Amar-te é ser o náufrago desejando a praia
É sentir falta de pela brisa leve ser engolido pelo mar
Ou no deserto compadecer clamando por água
Teu amor é recuperar o folego após se afogar

E em uma breve vida sentir o paraíso
Recostar na doce melodia de tua voz
E degustar teu beijo até a embriaguez
E assim refletir minha existência na sua

Amar-te é não esperar o futuro
Assim como esquecer as dores do passado
E velejar pelo instante em que te encontro
Amar-te enfim é me encontrar


Manzi. J.G.

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