quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Menino

Por onde aquele menino se perdera 
Onde se encontra na vastidão da saudade
Aquele menininho, quando foi que desaparecera 
Na estrada do tempo e da idade?

Aquele menino recheado de inocência 
Onde apenas no olhar habitava a pureza
No coração, a ingenuidade fazia residência 
Para onde foi todo este mar de doçura e leveza?

Este menino se perdeu em tantas estradas
A demanda de lhe reencontrar já é anunciada
Pois as jornadas serão deflagradas
Sem importar os riscos nesta caminhada 

Pois, há liberdade em sua essência
Para que o homem adulto, desfrute da clareza
A pureza na sua alma, há carência 
São os olhos do menino que dão vida à beleza

Reencontre aquele menino de outrora 
E de mãos dadas a ele caminhe pela sua trajetória
Reencontrando a si mesmo e a sua aurora
Continuando sua jornada, escrevendo sua história. 

Manzi, J.G. 

P.T. Saudações


Companheiros e Companheiras,
Escrevo-lhes este comunicado,
Para dizer, que nunca antes na história deste país
Pensou-se que o nosso povo fosse tão limitado.

Estou convencido de que neste país,
Não há leis capazes de deter os inescrupulosos,
Os contraventores, os cartéis e os corruptores.
Estou convencido de que já não há mais solução.

Vamos arregaçar as mangas companheiros,
Para que esse povo famigerado, que mais do que cego, não querem ver,
Não venham com esse papo de democracia
E ousem tirar o império vermelho do poder.

A dita dura, feminina,
Que como os seus pares diz nada saber,
Faz saber na marra, quanto custa para um povo
A falta de um saber.

Hasta siempre compañeros...
P.T. Saudações!

Dy´Paula

quinta-feira, 10 de outubro de 2019

A (des) construção

Pelas mãos dos mestres, um muro erguido.
Em uma tarde ou manhã no tempo corrido.
Brota do chão um muro no que antes era nada,
Nova construção nascida de tijolo, cimento e argamassa .

Um pouco mais adiante, 
Hoje entulho, o que era casa antes. 
Vazio agora há, no que não mais é morada,
Caiu e ergueu, uma nova obra revigorada.

Despenca um alicerce, 
Outra obra assim terce,
Esmorona uma metade 
De marteladas e cerradas outra nasce.

Reaprendendo, o que outrora fora entendido.
Desejaria eu, derrubar em um só dia algo já construído, 
Valores brutos, arcaicos e mesquinhos 
E então, um novo dia, um novo de mim, em outros caminhos.

Desconstruir-me, necessário trabalho insano,
Para homem deixar de ser, para assim ser humano.
Alicerces em mim, enrijecidos, 
Nefastos anos de ensinamentos emburrecidos. 

Pois hoje, conheço outros ideais, 
Indivisíveis, inalienáveis e universais. 
Sementes de uma nova aurora 
Necessito então, desconstruir valores de outrora.

Sofro nessa árdua empreitada, 
Pela tardia ideia em mim suscitada,
Por ter me deixado ser enganado, 
Mas antes me desconstruindo, que na ignorância fadado

Manzi, J. G.

Encontre no Sarau Aberto