Vem chegando, sutilmente
Sem nome, sem forma e nem aviso
Uma onda que bate, espontaneamente
Leva ou traz de mim, um sorriso
Chega com o vento, ou um olhar cravado
Causa silencio ou barulho
Toma-me pela vida cativado
Em um abismo de mim mergulho
De onde a poesia vem?
De lugar nenhum e de lugares todos?
Um toque, cheiro ou beijo de outrem
Faz minhas palavras voarem para os tolos
Desnuda-me e encobre minha face
Faz-me rir ou afundar em prantos
Deixa-me alegre ou meu coração que desgrace
Das canções de mães vem como acalantos
Um breve instante que se eterniza
O cair da chuva, a brisa leve ou o aquecer do sol
A tristeza, a dor ou a raiva que aterroriza
Vem a poesia da vida, o seu crisol
Assim me abraçou a poesia
Em um instante tão raro de liberdade
Vem como uma leve corrente fria
Enorme foi da vida minha perplexidade
João G. Manzi
(04/02/22)
Parabéns pela sensibilidade, e pela poesia!
ResponderExcluirObrigado
ExcluirQue sensibilidade alvorada, parabéns
ResponderExcluirQue continua te dando a oportunidade de escrever tão sabiamente