Ó Tempo, inexorável e cruel,
Tu que tudo transformas e desfazes,
Em teu caminho, o que é belo e fiel,
Ao pó e ao esquecimento arrazes.
Não há montanha que não te sucumba,
Nem flor que não perca a sua graça,
Tu que és senhor de toda a rumba,
Não poupas nada, nem a mais branda taça.
Mas, mesmo assim, és mestre em ensinar,
Que a vida é tenra e passageira,
E que é preciso desfrutar,
Cada instante, cada quimera.
Por isso, ó Tempo, mesmo que sejas vil,
Não te odeio, pois me fazes ver o valor sutil.
João Gabriel Manzi
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