Perdi mais uma rosa deste jardim
Mas não uma rosa delicada e frágil
Uma rosa preta, firme e gigante
Perdi uma rosa que dava voz
Voz a tantas outras flores
A rosa que não conformada
E dessa inconformidade nascia seu grito
Grito esse que era de todas as rosas
Que desse rugido combatia o ódio contra elas
A rosa foi calada, na calada da noite
Sua voz cessou, calada à bala
Arrancada brutalmente desse jardim
Na esperança do seu eco atingir outras flores
A morte dessa rosa é também a de tantas outras flores
Outras flores que se perderam nessa perversidade
E aquela rosa carregava o último grito de tantas outras
Gritos daqueles dominados insistindo por justiça
Perdemos mais uma rosa
Mas não uma rosa delicada e frágil
Tombou a voz nesse jardim
O jardim com flores que traz esperança
O jardim de esperança que clama mudança
A esperança que nasce no eco dos gritos
Gritos das flores arrancadas à bala
Flores pobres, pretas e famintas por justiça
Manzi, J.G
muito lindo
ResponderExcluirObrigado
ResponderExcluirLinda homenagem
ResponderExcluir