Qualquer dia destes, um dia qualquer,
Vou-me por aí, feito um louco,
Que já não sabe o que fazer com o tempo,
Nem mesmo consigo mesmo,
E tentarei buscar minha paz.
Qualquer dia destes, como um qualquer,
Caminharei sem nexo,
Na direção oposta aos sentidos racionais que me restam,
E em minha loucura, vasculhando os destroços,
Hei de encontrar minha paz.
Qualquer dia destes, qualquer um,
Perdido, encontrarei-me por aí,
A vagar loucamente
Por dentro de meus caminhos,
Buscando o câncer em meio aos
Neurônios malignos que não me deixam em paz.
Qualquer dia destes, destes qualquer,
Aproveito a carona nesta viagem ao interior
Para visitar o músculo que me empurra o sangue
E em um ato desesperado
Sufocarei com minhas próprias mãos o maldito,
Para ver se me sinto em paz.
Dy´Paula
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