Quisera eu falar das
flores
Sem preocupar-me com
os canhões,
Mas as flores não
matam,
E eu preciso morrer.
Quisera eu a
liberdade
Sem sujar-me de
sangue.
Mas a liberdade é
utopia,
E eu sem esperança
não vivo.
Quisera eu sentir-me
eu
Sem preocupar-me com
ninguém.
Mas o eu é solidão
E eu sozinho sou
ninguém.
Quisera a lua e o sol
juntos
Para iluminar meu
caminho.
Mas meus caminhos,
sem luz, me ferem,
E eu sem dor não sei
caminhar.
Quisera tanto em nada
querer,
Não me preocupo em me
preocupar,
Mas tudo que tenho se
vai,
E eu sem partida não
sei voltar.
Quisera eu, por um só
momento,
Deixar transparecer
minha essência.
Mas minha essência
não fala,
E eu preciso calar-me.
Imagem CC0 1.0 Universal. Dedicado ao Domínio Público.
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