quarta-feira, 29 de maio de 2024

Esplendores da Alma Humana

Há na natureza humana, uma contradição que reside, 
Uma jornada que a insensatez insiste 
No entanto há sentimentos, pujantes, que ardem,
O sol e a lua, que no céu se dividem. 

Logo nós, do pensar de querer à luz,
A sagacidade, como guia que nos conduz. 
Com a serenidade, clareando a escuridão, 
Porém o amor carrega-nos às profundezas do coração.

Da frieza do fundamento, encontramo-nos na firmeza latente,
Na iminência de resistirmos ao afã existente.
À vista é no concerto entre a sagacidade e a compaixão, 
Encontramo-nos a essencial e verdadeira erudição.

À medida que marchamos por trilhas desconhecidas,
Percebemos o encanto nas nuances escondidas.
Da tormenta surge a calmaria, e de titubear, a clareza,
Pois é no contraste que alcançamos a grandeza.

Logo, no âmago da nossa peregrinação,
Concebemos que a essência é o alicerce da ascensão.
Nos braços da esperança uma coragem que nos envolve,
Enquanto na sabedoria do tempo, nosso seio se revolve.

Encontramos no equilíbrio a mais pura expressão,
Do pensar profundo à ação com emoção.
E nas profundezas do ser,  uma luz que nunca se esvai,
A verdade eterna, que sempre nos atrai.

João Gabriel Manzi
22/05/2024

domingo, 12 de maio de 2024

O infortúnio de amar

 Amar-te é uma dor que não se esconde,

Incendeia, uma lume que aos poucos se exaure,

Como uma tormenta que irrompe, sem alarde,

Um frenesim de emoções que não se reprime.


Amar-te é vivenciar cada fração do meu ser,

Dilacerado pela saudade que insiste em inflamar,

Vazio que me traga, sem me desprender,

Uma ferida aberta que se recusa a curar.


Não obstante, te amar é a maior das glórias,

A sagração e infortúnio, simultaneamente,

Pois mesmo na aflição, encontro a graça que enfeitiças.


Que esta sina seja afável, essa aflição que me exaure,

Pois na afeição que nos reúne, abrigamos o genuíno sentido,

E no teu olhar, encontro o refúgio para tudo o que doi.


João Gabriel Manzi 

quinta-feira, 2 de maio de 2024

Um soneto à solidão

Sob o véu da noite, na solidão sombria,
O coração naufraga em mares de melancolia,
Onde a alma se entrega ao turbilhão da dor,
E o pranto é a melodia que ressoa sem pudor.

Na escuridão dos olhos, um brilho fugaz,
Reflete a tristeza que consome e desfaz,
Em cada verso, o lamento de um perdido amor, 
Um grito de desespero rasgando o silêncio exterior.

Como é amargo o sabor do desencanto,
Nesta era que a esperança se desvanece tanto,
E a solidão é a minha companheira eterna.

Assim, no abismo da alma, a tristeza se perpetua, 
Versos de lágrimas e sombras, a expressão crua,
Da minha sina doentia, a morte ecoa tão terna.

J.G.Manzi 

quarta-feira, 1 de maio de 2024

Vozes da ausência

Na penumbra do tempo, a solidão se fez presente,

Ecos de lembranças pairam, sombrios, no ar,

Vozes do passado, melancolia envolvente,

Em cada canto, a ausência não quer se calar.


Como dói a falta do teu sorriso brilhante,

Agora apenas sombras de uma doce melodia,

Em cada amanhecer, meu lamento constante,

Na minha alma, a tua ausência é ferida.


Partiste, deixando meu peito em pranto,

Teu adeus reverbera como um triste lamento,

Na saudade, ainda assombra teu encanto,

E nestes versos, expresso meu tormento.


Mas ainda que o destino tenha nos separado,

Teu amor permanece como uma estrela guia,

E nesta sina, meu ser está fadado,

A eterna saudade que em mim cria.


J.G. Manzi 

Canção da existência

 Luz do sol que banha minha terra dourada,

Em teu fulgor, a vida desperta e floresce,

Teu calor acaricia a natureza enamorada,

E em teu brilho, a esperança se aquece.


Mar, imensidão de mistérios e encantos,

Tuas cristas dançam em ritmo cadenciado,

Na tua vastidão, encontro paz em todos os cantos,

Em teu horizonte, o sonho é desenhado.


Ó brisa suave dos campos verdejantes,

Teu sussurro traz o doce aroma das flores,

Nas tuas carícias, ouço cânticos distantes,

E em teu dançar, leva as mais profundas dores


Amor, chama divina que arde nos corações,

Em tua essência, a vida encontra sua razão,

Em teu fervor, fundem-se as emoções,

E na presença, floresce a mais pura inspiração.


À vida, sinfonia de luz, mar e vento,

Em teu mistério, há verdadeira beleza,

Canto a ti, divina e eterno alimento,

Em nossa ode, celebremos tua grandeza.


J.G. Manzi

Canção Sob o Luar

 Sob o luar brilhante, junto ao rio que murmura,

Cantemos uma eligia de amor e alegria,

Onde a brisa suave da noite se mistura,

Com a doce harmonia que nos corações irradia.


Amada minha, estrela guia do meu destino,

Teus olhos profundos iluminam meu caminho,

Em teus braços encontro abrigo, espaço divino,

E em tua presença, sou leve, um passarinho.


Que os suspiros destes versos alcancem o céu,

E que o destino nos abençoem com sua graça,

Pois no seu colo, quero da tua alma retirar o véu,

E contigo, minha amada, tudo se enlaça.


Que nossos corações batam ao ritmo desta canção,

E o amor que nos uniu seja eterno como o mar,

Pois juntos, somos uma bela constelação,

Nestas palavras de amor que nunca irá findar.


J. G. Manzi 

30/01/24

Encontre no Sarau Aberto