sexta-feira, 18 de agosto de 2017

Despedida

Sigo na solidão 
Num vazio imerso
Imerso numa vastidão 
Meu desejo era tão inverso

Sigo com este desejo 
Desejo meu esse que não cessa 
A solidão é o ensejo 
E só uma saída me resta

Sigo num pesadelo, mergulhado 
E a saída parece tão distante 
Sinto como se à morte estou fadado 
Fraco, sem força obstante

Se sorrir não te faço mais 
Só o perdão me resta 
Se o carinho já não te satisfaz
Teu olhar já me atesta

Então aqui no vazio 
No vazio extremo 
Sem alarde, sem nenhum pio 
Aqui me espremo

Na dor amargado 
E os dias vão, lento 
Meu corpo esburgado 
E assim parto, como vento

Sutilmente me esvazio 
Silenciosamente parto assim 
Rompo com o ultimo fio 
E agora sigo no fim

Manzi, J.G.

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