Sigo na solidão
Num vazio imerso
Imerso numa vastidão
Meu desejo era tão inverso
Sigo com este desejo
Desejo meu esse que não cessa
A solidão é o ensejo
E só uma saída me resta
Sigo num pesadelo, mergulhado
E a saída parece tão distante
Sinto como se à morte estou fadado
Fraco, sem força obstante
Se sorrir não te faço mais
Só o perdão me resta
Se o carinho já não te satisfaz
Teu olhar já me atesta
Então aqui no vazio
No vazio extremo
Sem alarde, sem nenhum pio
Aqui me espremo
Na dor amargado
E os dias vão, lento
Meu corpo esburgado
E assim parto, como vento
Sutilmente me esvazio
Silenciosamente parto assim
Rompo com o ultimo fio
E agora sigo no fim
Manzi, J.G.
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